Conciliação pode ser uma solução para atrasos no Judiciário

Pandemia do coronavírus fez tribunais atrasarem análise de processos judiciais, e as comissões de arbitragem podem ser uma alternativapara compensar atrasos

22 de junho de 2020 às 16:27

Foto: Pixabay

A conciliação e as comissões de arbitragem são uma possibilidade de resolver conflitos com agilidade em meio à pandemia de coronavírus e ao acúmulo de processos que vão chegar ao Judiciário, quando os tribunais retomarem as atividades de rotina.

De acordo com a especialista em Mediação, Conciliação e Arbitragem Carla Sahium, o sistema judicial, que já é lento, deve ficar ainda mais vagaroso com a retomada das atividades. Com isso, a conciliação pode ser uma solução ágil para os clientes que tiveram demora nos processos e também para as novas situações que surgirão após a quarentena.

Ela explica que a situação é totalmente atípica, mas vai impactar ainda mais na acumulação de processos. Como a maior parte das ações está relacionada ao direito disponível, elas podem ser tratadas por meio das soluções de conflito.

“O que estamos vivendo, hoje, é uma questão de necessidade em função de saúde pública. Por isso a gente tem que observar que muitos conflitos vão ser trazidos em um momento posterior à pandemia. Então nós vamos ter muitas coisas a tratar, por isso precisamos de uma maior agilidade”, explica a especialista.
A especialista reitera que esta é a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que está sendo praticado em todo o mundo e que já está se consolidando no Brasil. “Vamos trazer isso para o nosso dia a dia, para que os clientes tenham acesso a uma ordem jurídica que não seja somente estatal”, comenta.

Oportunidade

Sahium explica que a conciliação e a mediação integram conjunto de várias oportunidades que os advogados têm no mercado. Por isso é necessário ficar ainda mais atento nesse período de pandemia de coronavírus, para que o meio jurídico leve para os seus clientes uma possibilidade de solução dos problemas.

Porque são diversas situações em que os advogados vivem no cotidiano, mas que necessitam mais rapidez na solução dos conflitos, inclusive para reduzir os custos. Principalmente para diminuir o deslocamento das pessoas, porque as mediações poderão ser feitas por meio de plataformas a serem desenvolvidas.

“Se nós produzirmos muito litígio, estamos nos limitando apenas a uma possibilidade. Por isso essa abertura é uma alternativa para a sociedade, que tem uma possibilidade diferente”, conclui.

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